segunda-feira, 5 de novembro de 2007

V

"Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot."


...the joyful day of deliverance

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Direto de uma propaganda de seriado

Garota: - Eu sou de sagitário... isso diz muito sobre mim.

Rapaz: - Diz sim. Isso quer dizer que você faz parte da lista de pessoas intelectualmente desfavorecidas que acreditam que a posição dos astros no dia do seu nascimento vai exercer qualquer influência sobre as suas atitudes e pensamentos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Bedazzled

Durante essa semana, na falta de algo melhor pra fazer, assisti "O Endiabrado" na companhia deliciosamente agradável do Alexandre. E fiquei pensando como um filme tão bobo pode ser tão gostoso de assistir assim, sem compromisso, vendo um pedaço, pulando outros três, e mesmo assim entendendo tudo o que se passa.
É como se a learning curve da história fosse uma reta do 0 ao 100% em 1 segundo. Se você pegar os 15 segundos finais, vai entender o que se passa da mesma forma que alguém que assistiu desde o começo. Cada trecho do filme contém ele todo, como no poema em que a parte é tudo e tudo é parte.

As novelas também são assim. Costumo brincar que, assistindo a um capítulo, sabemos quem é bom, quem é mau, quem vai enganar quem, e, com raras exceções, como as coisas vão terminar no final. E mesmo assim algumas donas de casa se acham super observadoras quando notam que determinada personagem "é falsa", sem saber que cada uma das feições da atriz é ensaiada para deixar absolutamente claro de que ela vai enganar o outro personagem. E o mundo inteiro nota... menos o personagem enganado, claro, porque ele tem mais o que fazer e não entende nada de novela.

PS: Lembram daquela história de que, em Blade Runner, o personagem do Harrison Ford é um replicante? Há uns anos atrás o Ridley Scott deu uma entrevista falando que ele era mesmo um robô - ao que o Harrison Ford respondeu com raiva, dizendo que ele havia interpretado um humano. Então o diretor respondeu que era exatamente isso que ele queria do ator, porque o personagem também não sabia que era um replicante, e ele queria que o ator estivesse tão seguro da sua condição humana quanto o personagem deveria estar.
Isso nunca aconteceria na Globo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Freakin' ESPN

Eu gostaria muito de assistir um torneio disso. Pagaria pra ver.

Não são todos os esportes que valorizam o equilíbrio dessa forma.
Imagino uma contenda entre imaginária entre Garry Kasparov e Evander Holyfield.

De um lado, enxadristas famosos e um grupo gigantesco de nerds na torcida.
Do outro, pessoas com o cabelo engraçado, mal-encarados.
Um ajudante tentando relembrar o Holyfield do movimento do cavalo antes do início. Kasparov revendo táticas Blitzkrieg para terminar o jogo antes do primeiro assalto.

Fico imaginando se o Kasparov conseguiria ganhar do Holyfield nos quatro minutos de xadrez iniciais antes do primeiro round. Acho que se o Holyfield sobrevivesse aos 4 minutos, Kasparov não sobreviveria aos 2 minutos seguintes.

domingo, 30 de setembro de 2007

Entre a última postagem e hoje...

...pintamos o muro externo;
...nos mudamos;
...ganhei um aumento;
...tivemos várias visitas;
...fizemos churrasco;
...joguei poker na internet;
...passei horas na frente da nova tv paga;
...observei o Alexandre rir, rir muito, e crescer mais ainda.

Mas o quarto do computador continua bagunçado, o piso continua sem pintura, etc etc etc, conforme o ToDo list da casa. Tudo bem, vai ser mesmo uma coisa de cada vez.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Google AdSense

Vejam logo ali do lado. Ficarei rico!

House ToDo list

(último update dia 30/09)

Por prioridade:

- Pintar o quarto do Alexandre (feito);
- Ligar a energia elétrica (feito);
- Providenciar bocais, lustres e lâmpadas (feito, mas muito meia-boca);
- Colocar a tela para os gatos no quintal (feito);
- Limpeza da casa (feito);
- Providenciar torneiras que faltam (feito);
- Conseguir ótimos chuveiros para os dois banheiros (feito);
- Mudança (feito)!
- Organizar um churrasco (feito);
- Assinar alguma TV Paga (feito);
- Providenciar bancadas e estantes no escritório (vai ter que esperar um pouco);
- Comprar uma bicicleta para ir ao trabalho (em andamento);
- Trocar as privadas (acho que não será mais necessário);
- Comprar anões de jardim (pendente);
- Pintar as paredes externas (feito, falta apenas um lado menor);
- Colocar telhas de vidro na área de serviço (pendente);
- Colocar piso na área de serviço (pendente, acho que também vai ter que esperar);
- Arrumar o rejunte na saída da porta da área de serviço (feito);
- Comprar "grafite" para pintar o chão do quintal (feito, falta pintar).

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Ceticismo em doses homeopáticas

Com o Alexandre, descobri muitas novas formas de exercitar uma atitude cética. Por exemplo, são coisas que já nos foram apresentadas:

- Para fazer passar o soluço, é preciso colocar um fiapo de roupa molhado com saliva (!!!) na testa do recém-nascido;
- Para a criança dormir bem, embrulhá-la na camisa do pai (argh, coitado);
- Quebrantes, fitas vermelhas, arruda e etc;
- Se a grávida tem a barriga pontuda, o neném vai nascer homem. Se sente muita azia, o neném vai nascer cabeludo;

E.... a melhor:
- Caso o bebê seja visitado por uma mulher em seu período de menstruação, a mãe tem que ser avisada ou senão o leite irá secar (???).

Pode?
Preciso arrumar alguém pra discutir.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O Segredo

Normalmente vou contra a idéia muito difundida de que, no fundo de nossas almas, temos conhecimentos (inconscientes) que ainda não foram explorados - e que estão ali apenas esperando para serem descobertos. Também não acredito que, apenas desejando, se consiga qualquer coisa. Aliás, isso merece um post à parte, mas não é o assunto em questão.

O caso é que hoje eu percebi que com um pouco de esforço consigo realizar tarefas de rotina que sempre me deixaram completamente estabanado. Não é que me sinta envergonhado... me sinto atarantado, essa é a palavra. Ir pro supermercado, comprar tintas, agendar viagens no trabalho, ligar pra clientes, etc etc etc. Continuo sendo muito melhor improvisador com computadores do que com pessoas, mas mesmo ando conseguindo me sair relativamente bem em várias dessas tarefas de rotina.

Pode parecer ridículo, mas o medo me acompanha desde a infância. Eu me lembro claramente de que tinha uma vergonha absurda de entrar em um estabelecimento qualquer e comprar alguma coisa. Imaginava que o padeiro ia pensar: "Que moleque ridículo, veio aqui comprar pão!", como se todos os vendedores do mundo estivessem apenas fingindo vender coisas, mas que no fundo, o que queriam era tirar com a minha cara, e iriam começar a rir assim que eu saísse da loja. Ainda mais se fosse algum produto pouco procurado: "Que menino idiota, vai comprar a bomba de chocolate que está no balcão há 3 meses!". E o mais inusitado é que esse receio persiste até hoje em algumas situações... quando, por exemplo, percebo que a vendedora está sendo paquerada por um rapaz que está ali, fico com medo de incomodar e normalmente vou embora sem comprar nada.

O que faz diferença é a necessidade. Quando não há escolha, não há fobia idiota que aguente. E nem precisei visitar um psicólogo.

"Eu vou pagar a conta do analista... pra nunca mais ter que saber quem eu sou, é, saber quem eu sou"

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Cartas de Iwo Jima

O filme é triste, sombrio, cinza. E total, absolutamente claustrofóbico. Os túneis que os japoneses constróem para sua defesa acabam se tornando uma alegoria para a situação em que se encontram.

A idéia é mostrar a tentativa de um homem - que possui idéias próprias, pensamentos próprios, vida própria - de se entregar à idéia platônica de morrer pela pátria, mesmo sabendo que esse esforço não resultará em nenhum benefício prático nem para a pátria, nem para o indivíduo, nem para a sua família.

É verdade que vi "A Conquista da Honra" há muito mais tempo, mas a impressão que guardei de "Cartas de Iwo Jima" é muito mais sensível e terna (se é que um filme de guerra pode ser terno). Clint Eastwood conseguiu usar a situação desesperadora dos japoneses para mostrar o conflito entre a honra, o país e o ideal de um lado e o indivíduo, o ser, o pessoal e emotivo do outro. Isso tudo de forma clara, mas nem um pouco simples.
Quanto vale uma idéia? Mais do que uma vida? Mais do que um milhão de vidas? Mais do que a nossa própria vida?
E quando a idéia não faz sentido? Quando estamos lutando por algo que não nos diz nada?

Os japoneses me pareceram muito próximos, e não dá para não se comover com a história do soldado padeiro. Seu conflito final (a cena com a pá) mostra que, dados os motivos certos, também ele podia se tornar um guerreiro violento. E que, até ali, não tinha sentido razão alguma para lutar ou matar.

E o general, que era acima de tudo um gentleman, lutou não por sentir em suas veias as razões para defender a pátria, mas sim por racionalizar os argumentos de "honra" e "pátria" e absorvê-los como algo externo, imutável, indestrutível. Quando sua vontade falha, ele recebe pelo rádio (através da canção das crianças) a confirmação de que está agindo exatamente como seu mundo espera que ele aja, e é o que ele continua a fazer.

Mas em todos os casos, a morte não é gloriosa. Ou é de certa forma humilhante, banal (até por diarréia) e/ou absolutamente sem sentido (pelo menos a olhos externos) como o suicídio coletivo. A morte não é ideal, não é bonita, não é poética... é a afirmação de que, aos olhos da natureza, não existe idealismo ou pátria ou honra, apenas acontecimentos e conseqüências sucessivas.

blogs, blogs, blogs

Comecei e desisti de um sem-número de blogs diferentes. Agora, que mal tenho tempo para ligar o micro, resolvi começar mais um. E com o Alexandre chorando no colo, usando o CAPS no lugar do Shift para não precisar apertar duas teclas ao mesmo tempo.

A idéia é fazer algo parecido com o Band of Bloggers, mas bem menos pretensioso, pelo menos pra mim. E colocar também comentários sobre o trabalho e o dia-a-dia. E sobre o Alexandre, claro - que, aliás, parou de chorar nesse instante.