terça-feira, 31 de março de 2009

Passeio

(No telefone)
- E você tem interesse de vir trabalhar aqui?
- Se a proposta for boa eu posso avaliar, sim.
- E quanto você gostaria de ganhar?
- Ah... pelo menos uns X.
- Aaaah, tranquilo. Eu posso pagar até mais do que isso!

...

(Muitos km depois...)

- Que bom que você veio. Você pode me falar mais sobre a sua trajetória?
(bla bla bla bla)
- Muito bem. Podemos conversar um pouco em inglês?
- Sim, podemos tentar.
- Tell me about yourself. (macarrônico)
(conversamos um pouco. Paramos de conversar em inglês porque ela não consegue manter a conversa)
- Então, a proposta que eu tenho pra você é 2/3 de X.
- 2/3 de X?
- Você tem que ver que o seu salário já vai estar subindo bastante e (bla bla bla interminável). Inclusive, eu te dou um conselho: o que você pediu, para o mercado, é inconcebível.
- Mas você tinha me proposto até mais do que X...
- É que você ganha bem menos do que X.
- Mas eu já tinha te falado isso. E que diferença faz quanto eu ganho no interior, se estou me mudando?
- 2/3 de X é o que eu posso te oferecer. Você aceita?
- Posso pensar no final de semana?
- Pode. Mas me responde na segunda-feira.
- Tá bem. Me manda essa proposta por e-mail, por favor.
- Claro!

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Nada de proposta no e-mail. Mando um e-mail perguntando; a resposta que recebo é "Que proposta???"

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(no telefone)

- Então, é isso. Não posso aceitar esse valor.
- Mas você tem que ver os benefícios e o mercado não vai te dar melhor do que isso.
- Mas eu não estou mesmo procurando emprego. Fui fazer a entrevista porque o cargo me interessava.
- Mas é uma proposta irrecusável.
- Mas por menos do que X não me interessa.

(mais um dia disso. Depois, mais nem uma palavra. Nem foram legais o suficente para retornar o resultado do teste que eu fiz.)

2 comentários:

Ber disse...

TraJetória NÃO? :-)

André disse...

É, ela falou com erro de Português! :D