quarta-feira, 17 de junho de 2009

The Asimov Chronicles - The Sequel




- Fui assistir Exterminador 4.

- E aí, gostou?

- Gostei sim, é bom... apesar de depor contra o que eu penso sobre essa história de brigar com os robôs. Ah, e o final é ridículo.

- Ah, sim, você já disse inúmeras vezes que acredita que os robôs vão nos ajudar ao invés de atrapalhar. E por que o final é ridículo?

- Porque além de ser mexicanoso, tem a história de se auto-afirmar como humano em contraposição ao que é robótico. Besteira. Mas... a história da guerra me fez pensar em algumas outras coisas interessantes.

- Por exemplo?

- Por exemplo, que os robôs, se realmente entrassem em guerra conosco, poderiam desenvolver sistemas espiões em tão larga escala e de forma tão disseminada que seria virtualmente impossível acabar com todos eles. Imagina... cada batedeira, cada televisão, cada telefone, tudo servindo como espião. Eles saberiam mais sobre nós do que nós mesmos! Mas o que mais me fez pensar é em um final alternativo... que, aliás, também serviria para o Matrix e que, na minha opinião, seria muito melhor.

- Não é muito difícil pensar em um final melhor do que aquele, não é mesmo?

- Verdade. Imagina; no começo, as máquinas realmente tinham entrado em guerra com os humanos mas, com o tempo, elas percebem que exterminar os humanos não faz sentido. Só que, antes de terminar a guerra, também percebem que os humanos estão sempre brigando uns contra os outros, e que precisam aprender que isso é absolutamente improdutivo... então continuam o conflito, matando o menor número possível de pessoas para manter as aparências - o que seria um número bem menor do que se estívessemos em guerra com outros humanos.

- Ou seja, eles nos protegeriam mantendo a guerra?

- Sim. E os humanos nem iam perceber; iam ter uma luta pra guiar suas vidas eternamente e não iam nem desconfiar. Iam ter vitórias aqui e ali, derrotas aqui e ali. E, eventualmente - e esse seria o momento do final do Matrix - os humanos também perceberiam que a guerra é ridícula e voltaríamos a ficar juntos.

- Mas você acha que as máquinas e os humanos se integrariam bem depois de uma guerra tão longa?

- É... pensando bem, talvez as máquinas exigissem que a gente falasse 'obrigado' para a batedeira depois de fazer uma maria-mole.

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